terça-feira, janeiro 23, 2007

OS 4 P's DA EDUCAÇÃO (Visão do Blogueiro)

Os profissionais de marketing de plantão já sabem o que é o MIX DE MARKETING ou simplesmente os 4 P's, que foi criado por Jerome McCarthy e que o velho conhecido PHILIP KOTLER define como: "Mix de marketing (ou composto de marketing) é o conjunto de ferramentas de marketing que a empresa utiliza para perseguir seus objetivos de marketing no mercado alvo".
Muito bem colocado, mas o Prof. Adriano Novaes (Diretor Acadêmico da Faculdade ESAMC de Uberlândia) pensou em uma forma de analisar, dentro da sua realidade, a área de educação.
Para quem não se lembra, os P's de marketing são: Produto - Preço - Promoção - Praça.
Agora apresentamos os P's da educação: Preço - Prazo - Prédio - Prazer.

Preço

O ensino superior está perdendo a magia, a coerência e a garantia de bons profissionais. Está tudo em liquidação, se a concorrente faz a $100 eu faço a $50. E para que esta grande feira possa acontecer, com valores cada vez mais baixos, não há como pagar por bons profissionais, e com isto a qualidade do ensino...

Prazo

E por que não conseguir por as mãos em um diploma universitário em menos tempo? É reconhecido pelo MEC! Quase um milagre! Faça um momento de reflexão... Quando constrói uma casa para morar dentro, você procura o jeito mais rápido ou mais seguro de construí-la? Quando vai se casar, você procura um(a) companheiro (a) que aceite mais rápido ou que tenha tido tempo suficiente para conhecê-lo(a) com atenção? Bom tudo tem o tempo certo e previamente estudado para acontecer e com a educação não é diferente. Tome cuidado com este tipo de oferta, há alguns cursos de graduação dentro de pouco tempo que não são vistos como suficiente para um MBA, MESTRADO, DOUTORADO, ETC.

Prédio

Como tem faculdades com prédios lindos, modernos, todo de vidro, grandes. Antigamente havia um ditado que dizia: "POR FORA BELA VIOLA, POR DENTRO PÃO BOLORENTO". É bem próximo disso que está acontecendo, pois de que adianta ter belos prédios sendo que os profissionais que estão dentro para passar conhecimento aos alunos, são fracos, não estão no mercado de trabalho, ou coisa pior. Cuidado com prédios bonitos.

Prazer

E quando começa a ver que o que foi comprado não é exatamento que se imaginava vem a recompensa. Muita balada, calouradas estonteantes, simpósios-festa e tudo por conta da entidade de ensino. E se você não teve condição de tirar notas consideráveis, justamente por estar com difuculades na disciplina, você não terá aula de reforço para aprender, mas terá uma prova extra para completar os pontos que faltam. Isto sim é bom demais para ser verdade.

Quando alguém entra para uma faculdade, não deveria pensar somente no diploma e sim no conhecimento conquistado para realmente fazer a diferença dentro do mercado.

Posso lhes garantir que sair da faculdade será fácil, mas na hora que estiver com seu curriculum no mercado de trabalho, e for competir vaga com o aluno de uma faculdade que investiu primeiro em seus professores e infra estrutura acadêmica, será a hora da verdade e você provavelmente irá lembrar das festas, do prédio bonito, em como foi barato cursar a faculdade e como foi rápido e se perguntará: - SERÁ QUE VALEU A PENA OU FOI TEMPO PERDIDO?

ABAIXO SEGUE A VERSÃO COMPLETA ESCRITA PELO PROFESSOR ADRIANO

OS 4 P's DA EDUCAÇÃO (Versão Completa)

Macarthy revoluciou os conceitos de marketing quando criou os quatro p’s – preço, produto, comunicação (promotion) e distribuição (place). Em cima, desta análise as empresas até hoje elaboram seus planos operacionais de marketing.

Bom...e como fica o marketing dentro da área educacional???

O que temos visto são estratégias de marketing não dignas do produto oferecido e de natureza tão nobre como é o caso da Educação. Sem querer fazer juízo de causas o que percebe-se no ensino superior é o surgimento de um novo conceito de marketing que foge a visão de longo prazo e privilegia o curto prazo confundindo o consumidor e levando-o a valorizar atributos imediatistas e que nada tem haver com Educação.

Estamos nos referindo a um novo composto de marketing que assim esta sendo proposto, ou melhor, já executado por algumas instituições de ensino, constituindo uma nova versão dos quatro P’s: PREÇO, PRAZO, PRÉDIO e PRAZER.

É como vender o paraíso em forma de liquidação. O avassalador crescimento e abertura de novas faculdades elevaram o número de vagas ociosas para cerca de 50% das vagas oferecidas. Imaginem, então, o que acontece em final de feira... Cai o preço...Cai mais ainda o preço...E é claro a banana que ficou é da pior qualidade possível (diga-se de passagem que já existem locais onde se realizam “feiras de faculdades”). Como equilibrar esta equação quando falamos de educação? Em produtos já sabemos o que acontece...para cair o preço do carro a indústria tira o ar condicionado, tira a direção hidráulica, mantém o modelo antigo e lá vai...

Bom...Em educação é simples, mas com conseqüências futuras incalculáveis e desastrosas, não apenas para quem esta pagando por este tipo de educação, mas, sobretudo para o futuro de um país formado por profissionais pouco preparados e sem competência para alavancar a competitividade da nação e melhorar sua qualidade de vida.

A estratégia do composto de marketing da educação, repito é simples: aumenta-se o número de alunos em sala (prática mais usada), reduz-se o número de professores doutores, corta-se gastos com atualização de biblioteca, elimina-se treinamentos de professores e funcionários, corta-se todo e qualquer projeto de inovação pedagógica...e ainda poderíamos enumerar mais um monte de coisas.

Como sabemos o bolso é o órgão mais sensível do corpo...e quando se trata de mexer com ele, ou melhor “parecer” que não estamos tirando nada dele …não há quem resista…As estatísticas em nossa cidade mostram que em 90% das ligações para uma universidade o aluno interessado pergunta somente o preço. Isto mesmo, só o PREÇO...Ele não pergunta sobre projeto pedagógico, equipe de professores, ex-alunos, imagem no mercado, atividades extra-curriculares...etc.

O outro “P”, e o mais moderno, é o PRAZO ! Afinal todo mundo quer ter diploma, mas de preferência bem “rapidinho”. Quase um milagre. Sim, curso de um e dois anos capazes de atuar como verdadeiros anabolizantes do conhecimento. Como? O músculo que precisava de 5 anos ou até mais para se desenvolver agora cresce num instante...Que legal! O que vale lembrar e que ninguém conta nesta história é que um curso de graduação funciona como o alicerce de uma casa...Não preciso nem contar a história dos três porquinhos não é mesmo?

Quando os alunos são indagados sobre o prazo, eles falam que preferem acabar rápido a graduação e depois consertam com uma pós de primeira linha. Como se uma coisa tivesse haver com a outra. Primeiro o alicerce (graduação), depois o acabamento (pós-graduação).

Mas como é que se faz para vender este bolo de gosto horrível cujo sabor é: pague barato e aprenda o mínimo no menor tempo possível?

Visto dentro da perspectivas dos últimos parágrafos é simples de novo... Temos outro inovador “P”: PRÉDIO. É do conhecimento de todos os investimentos enormes das faculdades em lindas edificações, ou seja, o aluno chega na escola que tem um bom preço, acaba rápido, e ainda, tem uma edificação cinematográfica...PERFEITO. O bolo não precisa ser bom, o importante nesta hora é o recheio e a cereja. E quem compra pensa que esta pagando por uma educação de qualidade só por que esta vendo muito luxo, laboratórios, equipamentos… (cerejas e mais cerejas...)

Bom e depois que este “bolo” é vendido? Quando se corre o risco de começar a perceber que o gosto não é tão bom assim, que no mercado tem gente se destacando mais… Aí é hora de entrar em ação com o último e imprescindível “novo P” para não perder este cliente-aluno: damos-lhe PRAZER!

O marketing fala que temos que agradar o cliente, então, não vamos exigir muito, afinal, nosso aluno trabalha...coitado...temos que ser complacentes, chamada...para quê? reprovação...nem pensar...o cliente fica bravo...complica a montagem da grade do próximo semestre. Média 6,0 é mais que suficiente, e se não der não há com o que se preocupar será oferecida a prova final...a prova de férias...cursos de recuperação e tudo o que for possível para tornar mais “palatável o bolo” e fácil a vida do cliente-aluno na confeitaria, correção, quis dizer, na escola .

Mas, ainda é necessário superar as expectativas do cliente-aluno como? Dando-lhe mais PRAZER ! Organizam-se festas, shows de recepção, calouradas, simpósios-festas, vamos para a balada que é por conta da faculdade…

Bem...o resultado desta estratégia de marketing não precisa de muito esclarecimento. Basta comparar a produtividade das empresas brasileiras com qualquer outro país. Veja a necessidade de investimento em treinamento e universidades corporativas das empresas com seus funcionários em temáticas simples que poderiam ter sido aprendidas em uma universidade. Mas ainda existe o triste fato das próprias empresas procurarem as faculdades somente para dar descontos para seus funcionários ao invés de procurar o corpo diretivo da escola para solicitar mais qualidade nos egressos ou até mesmo para discutir onde o ensino precisa ser melhorado e quais temas precisam ser mais pesquisados para atender necessidades das próprias empresas. A pressão por qualidade não pode vir só do MEC. Ela tem que vir dos verdadeiros absorvedores destes egressos universitários: as empresas, instituições e sociedade.

Concluo salientando que é responsabilidade das empresas traçarem estratégias de mercado capazes de garantir rentabilidade e margens lucrativas para seus negócios buscando alternativas e a máxima satisfação do cliente. Mas, sobretudo é preciso ter responsabilidade pelo que se vende e ainda mais quando o produto em questão é Educação.

Educar significa preparar indivíduos para momentos de pressão, frustrações, competição acirrada, responsabilidade social, empreendedorismo, inovação, resiliência, visão analítica e capacidade de fazer o melhor para o bem comum. Estas características não nascem do despreparo, nem da pressa, nem da superficialidade de uma educação inócua e mercadológica.

Educação, sem nenhuma pieguice é a mola propulsora capaz de desenvolver pessoas melhores, comunidades sustentáveis e nações prósperas.

Que futuro você quer comprar?

Adriano Novaes (Diretor Acadêmico da Faculdade ESAMC - Uberlândia)

quarta-feira, janeiro 10, 2007

POSICIONAMENTO - QUE "BICHO" É ESTE?

Para muitas empresas, falar em posicionamento é o mesmo que "chover no molhado". Organizações como Xerox, Coca Cola, Giletti, Bombril, Trinn, entre outros, hoje são sinômos dos seus produtos principais.
Vendo com os olhos dos consumidores, são produtos, mas se formos analisar se transformam em empresas. Estas se posicionaram de tal forma diante de seus clientes que transformaram-se em ícones. Mas como temos que fazer para que nossa empresa consiga ter um sucesso parecido com o destas renomeadas empresas?
Na verdade não há uma fórmula para isto, mas tem algumas dicas que podem ser úteis:
- Seja o primeiro do segmento: Assim virará referência.
- Caso não seja, torne-se o primeiro: Sendo a empresa que tornou aquele produto ou serviço melhor e/ou de suma necessidade, fará você se sebressaltar ante o pioneiro.
- Saiba a hora de aparecer e a hora de desaparecer: Uma aparição demasiada na hora errada pode comprometer uma marca.
- Tenha foco no produto ou serviço: Tenha um único produto inicialmento para que a marca tenha força para se destacar dentro do segmento, diante da qualidade do produto.
Estas são 4 sugestões para posicionar melhor sua empresa dentro do mercado onde atua. Lembre-se que tudo que foi sugerido, está dentro de uma realidade muito maior, assim para ter certeza do que fazer contrate uma consultoria de marketing.